Já ouviu falar no termo "Economia Circular"?
Este termo refere-se ao modelo de produção e consumo que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia.
Nunca esta visão da economia foi tão importante como na atualidade: com o aumento populacional, o crescimento da procura e a pressão sobre os recursos naturais do meio ambiente, torna-se imperativo a reutilização de materiais para evitar a sobrecarga e, até mesmo, a extinção de meios que nos permitam sobreviver.
Outro termo em voga diz respeito à “Fast Fashion“. Este caracteriza-se por roupa que é barata, atual e descartável. Em vez de saírem 4 coleções de roupa por ano, existem marcas que conseguem lançar 52 coleções. Como é possível termos espaço no guarda-roupa para guardarmos tantas peças de roupa das últimas tendências?
É por esta falta de espaço e o desejo de estarmos sempre na moda que tivemos de arranjar soluções, e fomos doando roupa usada às sociedades mais pobres e, inconscientemente, começámos a contribuir para a Economia Circular da Fast Fashion através da compra e venda de roupa em segunda mão.
Mas este mercado de roupa em segunda mão não é só um “mar de rosas” para o nosso meio ambiente. Por exemplo, em África no Gana, milhares de pessoas compram fardos de roupa, esta terá sido doada pelos países ricos de forma a ser vendida à população. O problema não está em tornar rentável o que foi dado por terceiros, mas sim na qualidade dessas doações: na maioria das vezes, metade de um fardo, não é utilizável para venda, tal é o nível de degradação que a roupa apresenta.
Esses pedaços de roupa e tecidos que não são passíveis de serem vendidos, vão para as lixeiras que ocupam quilómetros de terreno de determinadas zonas de África, algumas à beira-rio, acabando por caírem em cursos de água água e estenderem-se ao sol num areal próximo do que outrora fora paradisíaco.
Não queremos dizer que não devemos doar ou vender as roupas que já não queremos. Podemos e devemos fazê-lo, mas com mais consciência e responsabilidade.
Na 4UseAgain, mantemos o compromisso com a moda sustentável, para que não se percam os avanços que neste campo foram ganhos, temos políticas completamente transparentes, isto num ano em que o greenwashing continuará a ser desmantelado, pois a sustentabilidade vai muito além dos materiais e modelos de negócio, exigindo-se uma transparência que outros não estão disponíveis para dar, mas que é imperativo que assim seja!